Quando veio o arrepio, veio também a vergonha, levando o sossego, o sono, e o juízo pra bem longe. Se eu não posso controlar os sentidos, ninguém mais pode. Não adianta eu ficar me iludindo com a promessa a mim mesma de que eu vou mudar, vou esquecer e vou ser feliz assim. Felicidade é uma coisa passageira, não é o que a gente alcança e fica pra sempre, ela vem e vai facilmente. E a minha foi faz tempo, as vezes vem, as vezes vai, mas nunca fica.
E agora o que sobrou são os restos de alguém, alguém que nunca muda, que me assombra e me enlouquece. Tira meu sono, me vira do avesso e me segue sem querer.
Ontem eu tinha vontade de ligar, de conversar, mesmo que não tivesse nada pra dizer. Hoje até penso em ligar, mas só pra saber como está, se alguma coisa mudou, mas sinto vergonha, pois sei que sou o grão de poeira no Universo, e se eu estiver bem, mal, cansada, morta, nada importa, nada muda, nada fica.
Ontem o sono demorou pra chegar, meus pensamentos quase que eram só um, pensava em outras coisas, outras pessoas, outros métodos de pensar, mas nada me tirava os pensamentos de um pensamento logo ali. Passei quase a noite toda acordada, e o vento batendo na minha janela, e a chuva também. Era um vento quente e uma chuva fresca. Logo veio o arrepio...
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
sábado, 14 de novembro de 2009
Ela finge, mas ela quer
Ela não queria saber de mim, não queria me ver, não queria que estivesse ali, e mesmo assim eu estava, e porque estava se tanto tempo me falam para sair de lá?
Será que fiquei tanto tempo porque gosto de sofrer? Será mesmo assim que a minha vida vive? Não é possível que isso aconteça, se fiquei foi porque por algum motivo qualquer eu ainda via aquele brilho nos olhos, nos olhos dela. Um brilho que não me deixa partir, um brilho que me prende dia e noite sem que eu possa ao menos respirar.
Há quem duvide disso, ela mesma já duvidou milhões de vezes, e com isso até eu cheguei a desacreditar.
Não entendo esses motivos e razões que me deram para essa distancia toda. Não entendo porque é só eu chegar que tudo começa: sorriso, olhos, boca, respiração ai vem o desejo a vontade a aproximação. No final eu volto pra casa sorrindo, e ela... Ela finge que não sentiu nada e que tudo é só coisa da minha cabeça
Talvez seja, talvez não, obviamente não, mas ela quer que sim.
Será que fiquei tanto tempo porque gosto de sofrer? Será mesmo assim que a minha vida vive? Não é possível que isso aconteça, se fiquei foi porque por algum motivo qualquer eu ainda via aquele brilho nos olhos, nos olhos dela. Um brilho que não me deixa partir, um brilho que me prende dia e noite sem que eu possa ao menos respirar.
Há quem duvide disso, ela mesma já duvidou milhões de vezes, e com isso até eu cheguei a desacreditar.
Não entendo esses motivos e razões que me deram para essa distancia toda. Não entendo porque é só eu chegar que tudo começa: sorriso, olhos, boca, respiração ai vem o desejo a vontade a aproximação. No final eu volto pra casa sorrindo, e ela... Ela finge que não sentiu nada e que tudo é só coisa da minha cabeça
Talvez seja, talvez não, obviamente não, mas ela quer que sim.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
É a primeira vez que me sinto viva em meses, o sorriso não sai do meu rosto e parece que tudo é mais bonito. Não sei se foi impressão minha, mas eu vi alguma coisa crescendo e acontecendo em cada segundo. Meu coração instantaneamente acelerou, minhas mãos tremulas minhas pernas bambas e eu só sinto uma felicidade imensa quando lembro. Pode ter sido apenas uma noite, pode ter sido só mais um beijo, pode ser que nem aconteça novamente, mas por um instante não existia nada alem daquilo, por um instante éramos dois em um. Minhas palavras podem ter estragado pelo menos metade de tudo, meu jeito desastrado por ter estragado a outra metade, mas acho que foi perfeito de qualquer jeito. E depois, aah depois, depois veio perto, veio se aproximando, meio que encurralando só por pura diversão, e como eu gosto daquela diversão! Mais tarde veio me pedindo que parasse de abusar, e eu não tinha nem começado, mandou que parasse como quem quer fugir do perigo. Aaaai se viesse comigo viver perigosamente, se viesse não se arrependeria, eu sei, sobra tanta falta de juízo!
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
eu aqui me importando enquanto ele tira sua roupa, ou já tirou faz tempo.
e você ri e trepa e goza e fala e faz todas as putarias neste momento sem pensar em mais ninguém, principalmente em mim.
será que você sabe que eu me importo? sabe, sei que sabe, e ri disso. e ta pouco se fodendo pra qualquer coisa que eu acho, ou então faz exatamente porque eu me importo, é isso, só pode ser.
eu roendo as unhas, deixando o cigarro acabar sozinho no cinzeiro e você fodendo com um estranho qualquer.
me dá dor de estômago, me da falta de ar ou é só uma vontade de não respirar ar nenhum.
vou ali chorar ou rir sem motivo, vou ligar pra um amigo pra não ligar pra você e te atrapalhar.
talvez você saiba que me importo, ou quer que eu continue assim me importando, e eu me importo, e continuarei assim.
vou ali rir e chorar, e você... você pode fuder e gozar e rir e se importar comigo o quanto quiser... se for comigo ainda fico feliz... ou desesperada... ou rindo e chorando assim ao mesmo tempo...
e você ri e trepa e goza e fala e faz todas as putarias neste momento sem pensar em mais ninguém, principalmente em mim.
será que você sabe que eu me importo? sabe, sei que sabe, e ri disso. e ta pouco se fodendo pra qualquer coisa que eu acho, ou então faz exatamente porque eu me importo, é isso, só pode ser.
eu roendo as unhas, deixando o cigarro acabar sozinho no cinzeiro e você fodendo com um estranho qualquer.
me dá dor de estômago, me da falta de ar ou é só uma vontade de não respirar ar nenhum.
vou ali chorar ou rir sem motivo, vou ligar pra um amigo pra não ligar pra você e te atrapalhar.
talvez você saiba que me importo, ou quer que eu continue assim me importando, e eu me importo, e continuarei assim.
vou ali rir e chorar, e você... você pode fuder e gozar e rir e se importar comigo o quanto quiser... se for comigo ainda fico feliz... ou desesperada... ou rindo e chorando assim ao mesmo tempo...
domingo, 8 de novembro de 2009
De repente eu entro na mente dela, de repente eu sei tudo o que acontece, de repente eu sinto felicidade plena. Ela dizia em silencio, dizia que me amava, dizia sozinha e tentando não acreditar, ela dizia sofrendo, sofrimento sem razão, se soubesse o quanto eu queria ouvir aquilo certamente gritaria pro mundo, ou pelo menos diria ao pé do ouvido, do meu ouvido, me fazendo tremer braços e pernas, sentir frio na barriga e vontade de esparramar as roupas no chão imediatamente.
Eu sempre reparei em como ela evitava me ver, sempre reparei como ela arrumava qualquer desculpa para estar longe, o mais distante possível. O dia que assim sem querer nos encontramos, eu pude ver o infinito em seu olhar. Me olhava sem qualquer maldade, sem qualquer vontade de parar de olhar, olhava sem nem dizer alguma coisa, e dizia, mas dizia com o olhar, e dizia a vontade de me ter, dizia o que por tanto tempo eu disse, disse e ainda quero dizer. Ficamos o tempo todo sem palavras, apenas nos olhamos, não conseguia nem respirar, não conseguia parar de olhar.
Eu sempre reparei em como ela evitava me ver, sempre reparei como ela arrumava qualquer desculpa para estar longe, o mais distante possível. O dia que assim sem querer nos encontramos, eu pude ver o infinito em seu olhar. Me olhava sem qualquer maldade, sem qualquer vontade de parar de olhar, olhava sem nem dizer alguma coisa, e dizia, mas dizia com o olhar, e dizia a vontade de me ter, dizia o que por tanto tempo eu disse, disse e ainda quero dizer. Ficamos o tempo todo sem palavras, apenas nos olhamos, não conseguia nem respirar, não conseguia parar de olhar.
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