De repente eu entro na mente dela, de repente eu sei tudo o que acontece, de repente eu sinto felicidade plena. Ela dizia em silencio, dizia que me amava, dizia sozinha e tentando não acreditar, ela dizia sofrendo, sofrimento sem razão, se soubesse o quanto eu queria ouvir aquilo certamente gritaria pro mundo, ou pelo menos diria ao pé do ouvido, do meu ouvido, me fazendo tremer braços e pernas, sentir frio na barriga e vontade de esparramar as roupas no chão imediatamente.
Eu sempre reparei em como ela evitava me ver, sempre reparei como ela arrumava qualquer desculpa para estar longe, o mais distante possível. O dia que assim sem querer nos encontramos, eu pude ver o infinito em seu olhar. Me olhava sem qualquer maldade, sem qualquer vontade de parar de olhar, olhava sem nem dizer alguma coisa, e dizia, mas dizia com o olhar, e dizia a vontade de me ter, dizia o que por tanto tempo eu disse, disse e ainda quero dizer. Ficamos o tempo todo sem palavras, apenas nos olhamos, não conseguia nem respirar, não conseguia parar de olhar.
domingo, 8 de novembro de 2009
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