Quando veio o arrepio, veio também a vergonha, levando o sossego, o sono, e o juízo pra bem longe. Se eu não posso controlar os sentidos, ninguém mais pode. Não adianta eu ficar me iludindo com a promessa a mim mesma de que eu vou mudar, vou esquecer e vou ser feliz assim. Felicidade é uma coisa passageira, não é o que a gente alcança e fica pra sempre, ela vem e vai facilmente. E a minha foi faz tempo, as vezes vem, as vezes vai, mas nunca fica.
E agora o que sobrou são os restos de alguém, alguém que nunca muda, que me assombra e me enlouquece. Tira meu sono, me vira do avesso e me segue sem querer.
Ontem eu tinha vontade de ligar, de conversar, mesmo que não tivesse nada pra dizer. Hoje até penso em ligar, mas só pra saber como está, se alguma coisa mudou, mas sinto vergonha, pois sei que sou o grão de poeira no Universo, e se eu estiver bem, mal, cansada, morta, nada importa, nada muda, nada fica.
Ontem o sono demorou pra chegar, meus pensamentos quase que eram só um, pensava em outras coisas, outras pessoas, outros métodos de pensar, mas nada me tirava os pensamentos de um pensamento logo ali. Passei quase a noite toda acordada, e o vento batendo na minha janela, e a chuva também. Era um vento quente e uma chuva fresca. Logo veio o arrepio...
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
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